Capitulo 3: Determinação? O que é isso?
Eu vi que mais dois ou três casais de adolescentes também não estavam por perto. E não era só eu que senti falta, outras pessoas também sentiram falta deles, mas não comentaram nada. Ao passar 15 minutos, vi Daniela passeando pelo campinho de futebol. Lógico que como eu sou muito curiosa, quis saber onde ela estava.
_ Eu fui na lagoa. – dela respondeu sem muito pensar.
_ Hmm. E você foi sozinha? – perguntei como quem não queria nada.
_ Não. O João Paulo foi comigo.
Naquele momento meu coração acelerou. Não queria saber o que acontecera lá. Mas era tarde de mais. Maldita curiosidade.
_ Posso te contar uma coisa?
_ Pode. – Fiquei sem jeito de negar.
_ O João me beijou.
Aff!! E quem disse que eu queria saber que ela beijou o João? O meu João!
_ Hmm. – foi só o que consegui responder
_ Sabe, não foi um beijo-beijo não, foi só um selinho.
Socorro! Eu não quero saber o que vocês fizeram!! Fiquei com uma vontade louca de dizer isso a ela.
_ Hmm. – Aiin, meu Deus, eu não quero ouvir mais isso!
_ Mi, posso sentar ao seu lado no ônibus?
_ Pode. – Tentei pensar no lado bom da coisa, ela provavelmente vai sentar no banco atrás ou em um banco na frente dele! Ai! Que bom!!
Nós nos separamos, ela foi ficar um pouco com a família dela, e eu, fui para a piscina novamente.
Só sentei na beirada, com os pés na água. Não queria me molhar, mas Ricardo sacudiu o cabelo perto de mim. Me molhou toda.
Ah, mas vai ter troco! Ah, se vai!
Ele estava sentado ao lado do Alexandre, jogando conversa fora. Resolvi me vingar naquela hora. Enchi um copo descartável de água e joguei na cara dele! Eu e o Alexandre ficamos rindo da cara dele.
_Ei! Por que você tá rindo dele? - e joguei água na cara dele também.
Os dois me molharam. Aff! Por que eu inventei aquilo?
Me sequei, logo após, fomos embora, com Daniela ao meu lado.
Fomos andando até o local do ônibus. Ela disse alguma coisa pra ele, mas não consegui entender.
Entramos no ônibus. Quem disse que a gente sentou perto dele? Sentamos lá na frente.
Olhei pra mão da Dani, ela estava mexendo em um celular.
_ É seu?
_ Não, é do João.
_ Hmm.
_ Vamos ver se tem algo de interessante aqui. Papéis de parede de coração, de ursinho, mensagens minhas. Já sei! Vamos tirar foto?
_ Vamos uai?! Mas cadê a máquina?
_ Não. Nada de máquina. Vamos tirar pelo celular do João.
Mas nem morta eu iria deixar minha foto no celular dele.
_ Anda logo faz a pose. – Ela interrompeu meus pensamentos ao dizer isso.
_ Nada disso! Só tiro se for sua.
_ Então eu tiro uma de nós duas juntas.
_ Mas ele não vai brigar?
_ Nada!
A gente tirou umas fotos, mas ouvimos uns cochichos no fundo do ônibus, estavam falando da minha irmã.
Ela sentara ao lado do Alê. Mas ele estava cansado, e perguntara se podia escorar nela. Como ela não era besta, deixou, mas acabou dormindo também. Ai o povo começou a zoar, tirando fotos dele.
Foi no meio dessa bagunça que eu percebi que não sentira ciúme do João com a Dani. E percebi que ela já tinha laços com ele. Quando tomei uma decisão: Eu desisto